Neste artigo falaremos sobre autismo, suas causas, sintomas e tratamentos que muitas famílias buscam para dar uma melhor qualidade de vida para os membros que contam com esse transtorno que pode causar diversos problemas, tais como: na linguagem, na comunicação, comportamento social e na interação.
Segundo a OMS (Organização mundial da Saúde) estima-se que no mundo existam cerca de setenta milhões de pessoas que sofrem com o problema, só no Brasil esse número passa de dois milhões. Segundo pesquisas realizadas pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), acredita-se que o autismo atinge ambos os sexos e etnias, no entanto, com mais incidência no sexo masculino.
É um transtorno que não tem cura e os estudos sobre suas causas são inconclusivos, entretanto, é um problema que pode ser trabalhado. Alguns pacientes sob tratamento melhoram à medida que vão evoluindo, podendo até mesmo fazer parte mais presente do convívio social e até mesmo participar de outras atividades.
Quanto mais cedo for diagnosticado, melhor. Geralmente esse transtorno não atinge apenas o individuo, mas também todas as pessoas que estão ao seu redor, pois querem ajudar de alguma maneira, contudo, acabam sentindo-se incapazes de alcançar a pessoa que sofre com tal mal.
Quais são as causas do autismo?
A busca pelas causas do autismo são estudos que remontam a década de quarenta, mas somente nas décadas 70/80, foram observados que o transtorno pode ter ligação com alterações genéticas. Atualmente, com uma ciência mais evoluída, foi possível criar novas explicações, como por exemplo: mutações genéticas, doenças metabólicas, síndromes e demais transtornos de desenvolvimento.
Quais são os sintomas?
O autismo geralmente é caracterizado pelo problema da pessoa se comunicar com o mundo exterior, ou seja, de interagir com as pessoas que estão ao seu redor, independente de quem sejam. Além desse problema característico, as pessoas que sofrem com tal transtorno costumam praticar alguns movimentos ou comportamentos repetidamente.
Veja abaixo como cada sintoma desse transtorno influencia na vida da pessoa:
Mudanças sociais
Você já teve a oportunidade de reparar em uma criança de dois a três meses? Geralmente, quando as pessoas falam com elas, elas se voltam para as vozes e até sorriem, essa é a forma que possuem de interagir com a pessoa, elas percebem algo acontecendo a sua volta. Já uma criança com transtorno, não tem a mesma resposta e, com oito a dez meses, são completamente a parte de tudo que acontece ao seu redor.
Além disso, a maioria das crianças que sofrem com tal transtorno não conta com facilidade para participar de brincadeiras que envolva um determinado número de crianças. Por não saberem interpretarem expressões, preferem ficar sozinhas brincando pelo simples fato do mundo ao redor parecer desconcertante para elas.
Complicações na comunicação
Em um desenvolvimento comum, uma criança começa a aprender, ou melhor, começa a querer a falar balbuciando alguns sons que muitas vezes achamos uma graça. E com isso, depois de alguns meses elas começam a falar suas primeiras palavras. Já as crianças que sofrem com o transtorno, não falam e não tendem a balbuciar também.
Em outros casos, contam com atrasos de linguagem que só é observado depois de alguns anos. Quando a linguagem de uma criança que sofre com o transtorno começa a se desenvolver, pode apresentar dificuldades para juntar as palavras em frases que fazem sentido e ainda, repeti-la diversas e diversas vezes.
Repetição de comportamento
Quando a criança costuma se envolver apenas em algumas atividades ou apresenta um comportamento repetitivo, é provável que sofra com o transtorno. Geralmente é comum observar uma criança batendo as mãos, balançando o corpo, repetindo sons e palavras e reorganizando objetos.
Outro detalhe que pode chamar muita atenção é quando a criança pega todos seus brinquedos e faz uma fila especifica com todos eles. Isso pode demonstrar traços do transtorno, ainda mais se observar que a criança se irrita quando algo sai fora de seu controle. Esse tipo de interesse pode gerar adultos obsessivos que acabam desenvolvendo interesse muito grande por: símbolos, datas, números e até mesmo, temas da ciência.
Sintomas por causa de outras condições médicas
Além dos sintomas que já falamos algumas linhas acima, outros podem se manifestar devido a relação com o autismo:
- Doenças gastrointestinais;
- Doenças genéticas;
- Disfunção do sono;
- Distúrbios convulsivos;
- Pica – inclinação para comer coisas (que não seja comida);
- Problemas de processamento sensorial.
Existe tratamento para o autismo?
Apesar das pesquisas realizadas sobre o autismo, ainda não existe um medicamento especifico para tratar o transtorno, muito menos para curá-lo, entretanto, existem diversas formas de tratar as funções funcionais e cognitivas da criança desde o momento que é diagnosticada. Por isso, é importante o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para ajudar em seu desenvolvimento.
Entre 0 a 2 anos, a presença de um fonoaudiólogo é essencial para garantir que a criança possa compreender o mundo a sua volta, desta maneira, ela conseguirá desenvolver formas de comunicação. Esse tratamento pode ser realizado através de brincadeiras, jogos, conversas, contar histórias e etc. A terapia comportamental e ocupacional também é importante para o tratamento, desta maneira o cérebro aprenderá a perceber os estímulos sensoriais.
Não existe uma regra de tratamento já que cada criança conta com suas particularidades, por isso, fica a critério da equipe os tratamentos que deverão ser aplicados no paciente.
Medicamentos recomendados
Alguns médicos receitam o uso de medicamentos para reduzir os sintomas do transtorno, contudo, não existe nenhum medicamento especialmente desenvolvido para os pacientes que sofrem com o transtorno, mas, é possível medicar os problemas emocionais e comportamentais do paciente, veja abaixo.
- Ansiedade;
- Agressividade;
- Impulsividade;
- Hiperatividade;
- Alterações de humor;
- Irritabilidade;
- Surtos;
- Ataques de raiva;
- Dificuldade para dormir.
Convivendo com o autismo
Ainda é um transtorno muito difícil para as famílias e para as crianças, no entanto, hoje em dia, as perspectivas são muito melhores do que na geração passada que, ao estar diante do problema, pela falta de conhecimento e condições de tratamento, internavam seus entes queridos em instituições.
Hoje, sabemos que, mesmo não tendo cura, o autismo pode ser cuidado e, consequentemente resultar numa melhor condição de vida para o paciente e para sua família. Claro, alguns sintomas provavelmente poderão durar a vida inteira, mas, pelo menos, além de controlado, o autista poderá continuar convivendo com sua família ou na sociedade.
Claro que a perspectiva depende da gravidade do transtorno e do nível de tratamento dispensado para a pessoa, mas, procurar por auxilio e pelo conhecimento de outras famílias que convivam com o mesmo problema e também, de profissionais que conhecem as necessidades delicadas do tratamento de um paciente autista, pode fazer toda a diferença na melhoria de vida do paciente e também, para sua família.
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