Assim como o autismo, a síndrome de Asperger ainda demanda esforços médicos e científicos para sua total compreensão. Mas, de alguns anos para cá, apesar de vários aspectos ainda serem desconhecidos, já podemos apresentar pesquisas que nos ajudam a compreender mais sobre esse transtorno.
Atualmente, certos aspectos na vida de pessoas com a síndrome de Asperger já não deixam de passar despercebidas. Exemplo disso é saber que casos de timidez podem ser muito mais que uma dificuldade de socialização, assim como a obstinação por rotinas.
Neste artigo, acompanhe conosco o que há de novo sobre a síndrome de Asperger, o que é, quais suas causas, a identificação de sintomas e os tratamentos oferecidos hoje em dia.
O que é a síndrome de Asperger?
Um dos avanços recentes relativos à doença é a de que a síndrome de Asperger está sendo considerada mais um transtorno do espectro autista. Antigamente, havia uma separação entre autismo clássico e o Asperger. Hoje, os dois aspectos estão inclusos no diagnóstico de autismo.
Assim, define-se a síndrome de Asperger como um transtorno global de desenvolvimento que chega a afetar as capacidades de socialização e comunicação, como aprendizagem e comportamento social.
Então, ao contrário do autismo, pacientes com a síndrome de Asperger conseguem se desenvolver e conquistar certo destaque em suas áreas de interesse.
Como identificar o transtorno?
Vamos conferir abaixo alguns sintomas clássicos.
Foco numa área de interesse
Quem tem síndrome de Asperger costuma focar muito energia em apenas uma ocupação, principalmente profissional. Isso até os favorece em suas carreiras. Quer saber que celebridades já apresentaram alguns sintomas da síndrome de Asperger?
- O pintor Van Gogh;
- Os cientistas Albert Einstein e Isaac Newton;
- O jogador de futebol Messi;
- O criador do sistema Windows, Bill Gates.
Falta de adaptação a regras sociais
Tendo a aprendizagem social como desafio maior, entender certos princípios implícitos no convívio social se torna difícil.
Exemplo disso é aquela falta de “noção”, quando uma criança não espera sua vez de falar e interromper demais pessoas.
Personalidade introspectiva
Certamente que individualidade e independência são aspectos de quem possui a síndrome de Asperger, apresentando muita dificuldade em puxar conversas.
Também há a falta de empatia, exigindo um comunicado verbal de como as pessoas ao seu redor estão se sentindo.
Inclinação à rotina
Como a grande quantidade de estímulos ambientais confunde pessoas com o transtorno, elas necessitam de uma rotina rígida e evitam mudanças a todo custo. Qualquer atividade precisa ser planejada com antecedência.
Dificuldade em decifrar linguagens não-verbais
Pessoas com a síndrome encontram dificuldade para entender certos aspectos nas relações sociais, como a expressão de emoções, linguagem corporal e jogos de palavras como piadas de duplo sentido, sarcasmo e ironia.
Comportamento repetitivo
Principalmente em crianças, um comportamento que chama muito a atenção as brincadeiras e atividades repetitivas, assim como o ato de conversar por longos períodos sobre o mesmo tema e com uma rica descrição de detalhes.
Particularidades na linguagem
Embora não haja comprometimento linguístico, a fala de pacientes pode apresentar características como apresentar um vocabulário amplo e com a utilização de palavras incomuns ao cotidiano.
Dificuldade ao lidar aspectos emocionais
Lidar com a emoções é muito cansativo para quem tem o transtorno, podendo levar a um quadro de hipersensibilidade quando exposta a um excesso de estímulos como luzes e barulhos.
Como se dá o diagnóstico?
Uma das maiores dificuldades é conseguir diferenciar os sintomas da síndrome de Asperger com as situações cotidianas e até particularidades da personalidade de cada pessoa. Afinal, qualquer um pode ser um pouco tímido e apresentar pouco interesse social. Assim, diagnosticar o transtorno só deve ser feito por médicos e especialistas na área.
Isso se dá através de um trabalho investigativo, sendo necessário conhecer a fundo a vida da pessoa, sua história e características de sua vida familiar, escolar, social e até profissional.
A melhor época para análise e diagnostico é ao entrar na escola, pois nesse período podem ficar mais claras as dificuldades de interação.
Quais as principais causas da síndrome de Asperger?
Embora existam avanços no estudo de seus sintomas e métodos de tratamento, as causas da síndrome de Asperger, assim como as do autismo, ainda estão pouco esclarecidas. Fato interessante é saber que, por ser um transtorno neurobiológico, tem relação direta com o funcionamento do nosso cérebro.
Alguns estudos da área de saúde mental chegam a origem como eventos comportamentais, mas também existe a possibilidade de fatores genéticos e cerebrais estarem envolvidos.
O tratamento
Infelizmente, dentro do espectro do autista, ainda não há cura, mas muita qualidade de vida. Para a síndrome de Asperger, um aumento nas pesquisas apresentou uma gama de opções de tratamentos com o objetivo facilitar a rotina dessas pessoas.
Um fator essencial para todas as fases do tratamento é a educação de pais e pessoas próximas. Nesse caso, profissionais ministram orientações à família para aprenderem a conviver melhor com os sintomas da síndrome. Assim que todos entenderem seus papeis no tratamento, a melhora se torna mais significativa.
Por meio de consultas a um psiquiatra e tratamento à base de remédios, também é possível controlar alguns sintomas, como ansiedade e agitação. Em outros casos, a psicoterapia também ajuda no tratamento, colaborando para o portador da síndrome compreender suas próprias emoções e aprender habilidades sociais.
Sessões de fonoaudiologia, psicopedagogia e terapia ocupacional também podem atuar como tratamentos alternativos, como o trabalho de interação entre portadores da doença e alguns animais, por exemplo.
Convivendo com portadores da síndrome de Asperger
Apesar das atribuições do mundo moderno, o cotidiano pode se tornar mais tranquilo. À medida que as pessoas mais próximas compreenderem as dificuldades de quem tem a doença, melhor para todos conquistar e usufruir uma melhor qualidade de vida.
É preciso entender o tamanho da importância de organizar a rotina diária, facilitando o dia a dia com respeito ao ritmo pessoal e suas particularidades.
E lembre-se: dificuldades comportamentais e emocionais jamais vão impedir que pessoas com síndrome de Asperger e autismo tenha uma vida de qualidade.
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