Quer saber tudo sobre o leite tipo C? Então, acompanhe! Nesse artigo iremos explicar tudo sobre ele.
O consumo de leite através dos séculos
Você sabia que o leite é consumido a mais de 5.000 a.C.? Pois é! Existem registros, especialmente originários da Líbia, em que a população criava animais apenas com a finalidade de produzir o leite, assim como na civilização egípcia.
Embora seja um alimento consumido há milhares de anos, na América, não existia o hábito de consumir leite até que os europeus trouxeram animais em suas embarcações e, entre eles, as vacas, que garantiam o leite e a carne para a tripulação.
Já no Brasil, as primeiras cabeças de gado chegaram em 1534, na capitania de São Vicente, oriundas do arquipélago de Cabo Verde e por iniciativa de Ana Pimentel de Souza, esposa de Martim Afonso de Souza. Na época, alguns especularam que os animais eram mestiços de sangue Zebu. Enfim!
O gado multiplicou-se rapidamente e, segundo historiadores, na época havia muita fartura de leite e de seus derivados, como queijos e manteigas. Ainda de acordo com historiadores, o donatária da capitania de Pernambuco, Duarte Pereira Coelho, ao chegar para tomar posse da capitania trouxe consigo algumas dezenas de cabeças de gado também oriundas de Cabo Verde.
Assim, os historiadores acreditam que provavelmente Pernambuco foi a segunda cidade brasileira a receber gado bovino em maior quantidade.
O Brasil e a produção de leite
De acordo com o resultado apontado pela Embrapa Gado de Leite, o Brasil ocupa o 4º lugar como maior produtor de leite em todo o mundo, mas mesmo assim ainda depende da importação para suprir as necessidades internas.
O setor agropecuário acredita que é necessário que se faça uma modernização no processo de ordenha para que seja mais ágil e mais eficaz, o que garantiria uma maior produção. Assim, alguns fazendeiros deixaram de fazer uso da ordenha manual e passaram a utilizar o sistema robotizado, o que melhorou muito a produção diária.
Tipos de leite
Agora que já conhece como o gado chegou ao Brasil e como rapidamente a sua criação se espalhou por todo país, vamos falar sobre os tipos de leites pasteurizados que encontramos no mercado?
Leites tipo A, B e C
Provavelmente se você tem mais de 30 anos já conhece e experimentou os “leites de saquinho” tipos A, B e C, que por anos estiveram nas mesas brasileiras e que, ultimamente tem desaparecido dos mercados dando lugar aos “leites de caixinha”.
Em virtude de uma forte queda no consumo, bem como são muito difíceis de serem encontrados, os leites tipo A, B, e C pasteurizados ainda levam vantagem em comparação ao leite de caixinha, que passa pelo processo de UHT.
Isso porque os leites de saquinho, que também podem ser encontrados em garrafas plásticas, mantêm os lactobacilos benéficos vivos, ao contrário do processo homogeneizado (UHT).
Durante o processo de pasteurização, o leite é aquecido a uma temperatura de 72 a 75C° durante 15 a 20 segundos o que elimina apenas as bactérias patogênicas, mantendo os lactobacilos vivos. Porém, a sua durabilidade é bem menor uma vez que não elimina todos os organismos que podem causar doenças nos seres humanos.
No processo UHT, o leite é submetido a uma temperatura de 130°C durante 2 a 4 segundos o que elimina todas as bactérias probióticas e patogênicas ao organismo. Esse processo permite que o leite tenha uma durabilidade em maior, por volta de 4 meses, além de não necessitar de refrigeração.
Leite tipo A
O leite tipo A é considerado o melhor entre os três tipos pelos seguintes motivos:
- A alimentação do gado é balanceada, inclusive nas estações mais frias do ano, o que garante a produtividade diária, bem como mantêm o seu valor nutricional;
- O leite é obtido apenas de um único rebanho, controlado e rastreado pelo SIF (Serviço de Inspeção Federal);
- A ordenha é totalmente mecanizada, ou seja, sem contato manual ou com o ambiente externo;
- Todo o processo de resfriamento, pasteurização e envase são feitos no próprio local, o que assegura que não ocorra nenhum tipo de contaminação;
- O grau de pureza do leite tipo A segue os padrões de 10.000 UFC/ml (unidade formadora de colônia) e nenhum coliforme por ml.
Leite tipo B
O leite tipo B é considerado um bom leite, mas possui algumas diferenças entre o leite tipo A. Confira.
- O grau de pureza do leite tipo B é inferior ao tipo A podendo ser encontrados 40.000 UFC e dois coliformes por ml;
- A ordenha é feita no próprio estábulo podendo ser tanto manual quanto mecânica;
- As vacas são mantidas permanentemente sob controle veterinário;
- O leite pode ser pasteurizado e envasado em usinas de beneficiamento, entreposto-usina ou no próprio estábulo.
Leite tipo C
Muito bem! Chegou o momento de falarmos sobre o leite tipo C. Aí a coisa já fica um pouco mais complicada.
- O leite tipo C é proveniente de vários rebanhos em que o gado não recebe regularmente controle veterinário, o que já é um problemão;
- A ordenha é feita manualmente e sem estábulos rústicos, com pouca infraestrutura e, na maioria das vezes, não seguem as normas de higiene e sanitárias previstas na legislação;
- Após a ordenha, o leite é apenas resfriado e pode permanecer no local por até 24 h e posteriormente encaminho aos laticínios em tanques não refrigerados, o que pode ocorrer a contaminação por milhares de microrganismos antes de ser pasteurizado;
- E mais: o leite tipo C pode conter até 150.000 UFC e cinco coliformes por ml;
- Pasmem! É o leite tipo C que dá origem aos derivados do leite como os queijos e os iogurtes.
Enfim, o processo para produzir os leites tipo A e B é infinitamente melhor do que o utilizado para a produção do tipo C.
Informações nutricionais do leite tipo C por porção de 200 ml
O leite padronizado pasteurizado tipo C possui 3% de gordura láctea, deve ser mantido sobre refrigeração entre 0 e 5°C e consumido em 5 dias.
- Valor energético: 132 kcal/553 kj;
- Carboidratos: 10 g;
- Proteínas: 6,6 g;
- Gorduras totais: 7,4 g;
- Gorduras saturadas: 0 g;
- Gorduras trans: 0 g;
- Fibra alimentar: 0 g;
- Sódio: 84 mg;
- Cálcio: 205 mg.
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