Tuesday, February 12, 2019

Doença do beijo (mononucleose): causas, sintomas e tratamento

A doença do beijo confunde muito as pessoas que a contraem principalmente por causa dos seus sintomas. Essa doença infecciosa é causada por um vírus e está muito presente na nossa sociedade, atingindo indivíduos de diferentes idades. Você conhece essa doença? Será que já a contraiu alguma vez? Vamos entender melhor a seguir!

Esta doença é muito corriqueira na nossa sociedade, pessoas de diferentes idades podem contrair ela. Mononucleose infecciosa é o nome dessa doença sendo chamada popularmente de doença do beijo.

Entenda melhor o que é a doença do beijo e quais as suas causas

A mononucleose infecciosa é o nome dado a doença do beijo, esse nome é dado por causa dos linfócitos que possuem núcleos com caraterísticas totalmente atípicas e que se proliferam pelo sangue durante o processo infeccioso.

Essa é uma doença totalmente infecciosa causada pelo vírus Epstein-Barr pertencente à família Herpesviridae.

Por ser um vírus pertencente a família da herpes, costuma se instalar nas amígdalas do seu portador para o resto da vida. Qualquer indivíduo de qualquer idade pode contrair esse vírus, mas é muito mais comum em crianças pequenas e adolescentes. As crianças são infectadas pelos seus próprios pais muitas vezes e os adolescentes contraem o vírus por causa dos seus parceiros.

Como é transmitida a doença do beijo?

A contaminação com o vírus que transmite a doença do beijo é muito fácil. Ela se dá através do contato direto com a saliva contaminada.

Ao contrário do que se pode imaginar, essa doença não se pega só através do beijo, mesmo essa sendo a forma mais comum de se contaminar. Mesmo que o indivíduo contaminado não apresente nenhum sintoma, ele é capaz de transmitir a doença normalmente.

A duração média da doença do beijo é de apenas duas semanas, onde pode se observar a inflamação das amígdalas e dos gânglios do pescoço.

Quais são os principais sintomas observados na doença do beijo?

Os sintomas da doença do beijo são bem característicos e costumam aparecer lá pela quarta a oitava semana depois de ser contraído.

Confira a seguir os principais sintomas observados:

  • Febre marcando os 38ºC;
  • Dor aguda de garganta;
  • Dores fortes na musculatura;
  • Aumento significativo dos linfonodos;
  • Pode ocorrer o aumento dos linfonodos no anel de Waldeyer;
  • Vermelhidão em algumas partes do corpo;
  • Perda de apetite e emagrecimento;
  • Tosse aguda;
  • Em alguns casos podem ocorrer a hepatomegalia (aumento anormal do fígado) e esplenomegalia (aumento anormal do baço);

A intensidade dos sintomas depende da idade do seu portador, quanto mais jovem o indivíduo for, menos intenso são os sintomas. Quanto mais velho for, mais intensos são os sintomas. O indivíduo libera esse tipo de vírus a vida toda desde que contraiu a doença.

Como é feito o diagnóstico e quais são os melhores tratamentos?

Diagnosticar que um indivíduo está com a doença do beijo é muito importante, pois essa doença é confundida com várias outras.

O exame feito para detectar a mononucleose infecciosa é chamado de Monoteste. Ele é um exame de sangue onde os resultados são completamente confiáveis.

Se os resultados apresentarem presença de linfócitos atípicos em pacientes com mais de 4 anos de idade, a doença já está na segunda semana de evolução.

Alguns médicos também podem pedir um hemograma completo para identificar a doença.

Tratamentos

Infelizmente ainda não existem medicamentos específicos para o tratamento da mononucleose. O resumo dos tratamentos feitos para a mononucleose se dá principalmente no alívio dos sintomas.

Geralmente são receitados medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos e antitérmicos.

O paciente deve ficar em repouso absoluto até melhorar os sintomas por completo.

Se o paciente apresentar o aumento do fígado ou baço, exercícios físicos estão terminantemente proibidos.

Ao contrário do que popularmente é espalhado, não existem vacinas para esse tipo de doença.

As melhores recomendações de tratamento para a doença do beijo são:

  • Ingerir bastante água, pode ser sucos de frutas também;
  • Repouso absoluto;
  • Fazer bochechos com água e sal;
  • Não praticar exercícios físicos em hipótese nenhuma.

Você não deve ingerir nenhum tipo de medicamento sem prescrição médica, pois se você ingerir alguma substância prejudicial, será o seu corpo que pagará por isso.

Siga sempre as informações do seu médico e tome as medicações de acordo com as orientações dele.

5 complicações graves dessa doença

Contrair a doença do beijo pode se tornar um problema grave se não for cuidada de forma adequada.

Confira a seguir 5 possíveis complicações dessa doença que são gravíssimas:

1 – Inchaço do baço e fígado

Essa doença pode causar o inchaço do baço e do fígado. Em alguns casos infelizmente ocorre o rompimento do baço.

Quando isso acontece, o paciente relata uma dor abdominal fortíssima.

Esse rompimento do baço acontece depois de alguma atividade física intensa, com contato corporal. A pessoa sente uma dor muito forte quando ele se rompe, tendo que ser operado imediatamente.

O aumento do fígado também é uma das complicações mais graves, pois ele pode ser levado a insuficiência do órgão.

2 – Infecções em outros órgãos

Os pacientes que contraem esse tipo de vírus costumam estar com a imunidade totalmente baixa. Isso faz com que outros órgãos também apresentem infecções.

As mais comuns são as infecções de pneumonia e pericardite.

3 – Cansaço e fadiga prolongados

Os pacientes infectados com essa doença relatam um cansaço e uma fadiga acima do normal. Esse período pode durar até 6 meses dependendo do caso.

Os médicos ainda estudam as causas dessa fadiga acontecer, muitos afirmam que ela é decorrente de uma síndrome.

4 – Complicações na região neurológica

O número de pessoas que foram infectadas com a doença, apresentam algumas alterações neurológicas. Essas alterações podem ser:

  • Encefalite;
  • Síndrome de Guillain-Barré;
  • Meningite viral;
  • Paralisia de Bell.

5 – Surgimento de casos de esclerose múltipla

Pois é, infelizmente algumas pesquisas recentes afirmaram que as pessoas que contraíram a doença do beijo tem duas vezes mais chances de apresentar esclerose múltipla no futuro.

As chances de acontecer isso são ainda muito baixas, a cada 1000 pessoas infectadas, apenas de 1 a 5 desenvolvem a doença.

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