A boa notícia é de que o caso não é nada sério, o seu tratamento é simples e que isso é uma situação rara salvo alguns casos específicos e condições do paciente que favorecem o despertar do vírus que lhe causará o cobreiro. Para entender melhor do que estamos falando, os seus sintomas, tratamento, prevenção e transmissão, veja abaixo o artigo que vai te fazer ficar por dentro do herpes-zóster e o que fazer caso ele decida entrar mais uma vez na sua vida (sim, se ele se manifestou é porque você já estava contaminada). Confira!
O que é cobreiro?
Cientificamente, o cobreiro é conhecido como herpes-zóster, uma infecção viral que é provocada pelo mesmo vírus da catapora, o Varicela-zóster. O que acontece é que mesmo após tratar a catapora, que na grande maioria dos casos acontece quando se é criança ou adolescente, o vírus não é eliminado pelo organismo, mas fica adormecido na coluna espinhal, podendo ficar em estado latento ou inativo pelo resto de sua vida.Ainda não se sabe o que faz com que ele fique “dormindo” ou “acorde” em algum momento, mas quando isso acontece há uma dolorosa erupção cutânea, conhecida como cobreiro. E isso é mais comum do que se imagina. De acordo com um estudo realizado pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, um em cada três norte-americanos deverá desenvolver herpes-zóster alguns anos após a catapora.
Quais são os sintomas do cobreiro?
Os primeiros sintomas do cobreiro são gerais, não sendo possível detectar que é disso que se trata. O sinal inicial do problema são dores, formigamento ou coceira no local ou nos locais onde as erupções cutâneas acontecerão. Isso pode aparecer em qualquer região do corpo e de um a cinco dias antes de as bolhas surgirem.Depois que as bolhas aparecem – elas parecem herpes humano, mas possuem líquido com o vírus em seus interiores -, as erupções são dolorosas e também causam coceira. Elas costumam afetar somente um lado do corpo, geralmente em alguma das laterais do rosto e das costas, próxima aos ombros. Ainda assim, pode ser que ela se manifeste nas duas metades do corpo.
Normalmente, as bolhas levam de sete a 10 dias para cicatrizarem, mas elas só vão desaparecer do corpo por completo depois de 15 dias a um mês. Em alguns casos mais raros, principalmente em pessoas com sistema imunológico debilitado, as erupções cutâneas podem ser mais dispersas, atingir partes genitais, os olhos e as orelhas, situações mais preocupantes e que podem trazer sérios riscos a saúde do paciente, como cegueira e surdez.
Outros sintomas, durante e após o desaparecimento das bolhas, incluem dor de cabeça, febre, calafrios, dor de estômago e náuseas. Mesmo depois da cicatrização algumas pessoas se queixam de dor intensa nas regiões onde apresentaram cobreiro. O nome disso é neuralgia pós-herpética (PHN), ela desaparece em algumas semanas ou meses, tem o risco de voltar a aparecer e apresenta risco grave para o paciente.
Quem está propenso a “acordar” o vírus?
Todo mundo está sujeito a ter cobreiro por conta da manifestação do Varicela-zóster, mas existem alguns casos em que a própria condição do paciente pode favorecer o “despertar” do vírus. O primeiro deles é o sistema imunológico debilitado. Com anticorpos enfraquecidos ou em menor número, o combate é mais difícil e pode desencadear o surgimento de herpes-zóster. Isso é muito comum em diabéticos e pessoas que estão se submetendo a quimioterapia e radioterapia.O mesmo vale para pessoas acima dos 50 anos, idade em que o sistema imunológico, por natureza, já não é tão forte quanto antes. Mesmo assim, cada vez mais tem se registrado números maiores de jovens que apresentam cobreiro. Uma das hipóteses que tem tentado explicar esse fenômeno é o estresse, antecipando a manifestação do vírus.
O cobreiro é contagioso?
Assim como a catapora, o cobreiro é contagioso e a sua transmissão se dá através de contato direto com o líquido presente nas bolhas que aparecem na pele. Porém, seu contagio não possibilita que a pessoa contagiada desenvolva herpes-zóster. O que acontece, nos casos em que a pessoa que adquiriu o vírus ainda não teve catapora, é que a varicela (nome científico para a infecção famosa em crianças e adolescentes) apareça.Sendo assim, contrair o Varicela-zóster é certeza de catapora se você ainda não teve e um risco de sofrer de cobreiro em um futuro próximo ou distante. A transmissão só pode ser feita quando a pele entra em erupção cutânea e antes que a cicatrização comece a acontecer – depois que as cascas são formadas o líquido não tem mais como vazar para o meio externo.
Se você está com cobreiro, para impedir que contamine outras pessoas é necessário que sempre cubra as bolhas, não se toque ou coce as erupções para elas não estourarem e o líquido vazar e lavar a mão frequentemente durante o dia para higienizar uma possível contaminação que passou despercebida.
É importante também que se evite entrar em contato com mulheres grávidas que nunca tiveram catapora, bebês, crianças e adolescentes que também não foram contaminados com o Varicela-zóster e pessoas que possuam sistema imunológico enfraquecido (diabéticos, portadores de HIV, aqueles que estão em tratamentos de radiografia e quimioterapia e idosos).
Tratamento
Geralmente, não há um tratamento para o cobreiro e o próprio organismo se encarrega de inativar novamente o vírus causador do herpes-zóster. Alguns antivirais e analgésicos ajudam a aliviar a dor, diminuir as lesões, acelerar o processo de cicatrização e evitar complicações. Uma vez que as bolhas começam a secar, o vírus já voltou para os nervos e não representa mais ameaça (por enquanto).Caso o cobreiro se manifeste na testa, ao redor dos olhos ou no nariz, procure imediatamente um oftalmologista. Isso pode ser sinal de herpes-zóster oftálmico, uma complicação que pode trazer consequências graves para o paciente.
Vacina
Desde 2014 há no Brasil uma vacina (Zostavax) para a prevenção do cobreiro. Ela tem certificado da Anvisa e só é ministrada para pessoas com idade superior aos 50 anos, período em que a propensão ao herpes-zóster é maior. Ela não é indicada para gestantes e a gravidez deve ser evitada por pelo menos três meses após receber a vacinação.O post Cobreiro: sintomas, causas e tratamentos apareceu primeiro em Tudo Ela.
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